quarta-feira, 13 de abril de 2011

Samhain: a Noite dos Idos


Slania tei!

Mais um Ano se passou, e é hora de nos prepararmos novamente para a celebração da Noite dos Idos: a Festa dos Mortos! Com a proximidade do auge do Outono e início do Inverno, as mais variadas tradições religiosas, principalmente Pagãs e Bruxas, celebram a memória dos espíritos de seus familiares e demais entes queridos, assim como também dos Ancestrais de seus Clãs. Muitos são os nomes pelos quais essa celebração é conhecida: Samhain, Samônios, Noite dos Idos, Halloween, Festa Del’Ombra, Dia de los Muertos, entre tantos outros.

Para marcar essa data, lanço aqui no Liber Herbarium o primeiro artigo, de uma série de oito, que tratarão sobre os Festivais Sazonais e ritos tradicionais mágico-religiosos vinculados a tais Portais, sempre trazendo lendas, mitos, costumes, simbolismos e demais aspectos ligados a tais festividades, abordando pelo ponto de vista de linhagens ibéricas e galaico-lusitanas, mas fazendo paralelos com outras tradições culturais. O lançamento de tais artigos nesse blog se deve ao facto de envolverem práticas mágicas e rituais envolvendo a Herbologia Mágica Tradicional, o que fortalecerá ainda mais os estudos sobre os tópicos abordados no Liber Herbarium.

Aviso aos leitores que os artigos sobre Festivais Sazonais, abordando o Solstício de Verão, a Festa de Lammas e Mabon, que eu havia publicado em outro site, serão publicados aqui no Liber Herbarium, na proximidade da época de cada festival. Assim sendo, deixo aqui o link para acesso do primeiro artigo dessa série, “Samhain: A Noite dos Idos”:




Agora que o Outono reina nessas terras vale-paraibanas onde vivo, no interior de São Paulo, é chegado o momento de parar tudo e refletir sobre o Ano que passou, e sobre tudo o mais que o passado nos legou. É o tempo de colher: os frutos da terra, as realizações de nossos projetos, de nossos sonhos... ou então, é o tempo de colher os benditos frutos da Sabedoria adquirida pelo vivenciar daquilo que não foi como queríamos, mas certamente, foi conforme nossa capacidade de administrá-lo. A maturidade dos frutos revela a maturidade de nosso próprio ser, contemplando mais um Sol que se esvai em seu fulgor, levando consigo as tardes ensolaradas, quentes como as paixões mais impetuosas, cuja marca é a urgente efervescência do momento não pensado, mas vivido, tal como o beijo da e na pessoa amada e desejada, que não se pede, que não se pensa, que não se planeja, mas que simplesmente se rouba...

O Outono anuncia o início do Tempo dos Idos, o Tempo Oscuro, onde mergulhamos, antes, dentro de nós mesmos, mais do que dentro do outro. É a época de se reunir em roda, ao redor da mesa, da lareira, da fogueira, junto àqueles com os quais compartilhamos o arado, a sementeira, o cultivo e a colheita... comungar com os demais do pão, do fogo em sua tríplice Bênção (purificadora, iluminadora e acalentadora), assim como das memórias do tempo vivido, que ora termina... assim como dos desejos, medos, anseios e esperanças do novo tempo, que se anuncia ao ceifar da última espiga. E esta terceira e derradeira colheita é a que limpa o terreno, entregando o campo à escuridão invernal do Caçador e do Caçado...

A Dança da Morte, cujos passos se revelam no Mistério da Caçada Selvagem, é o rito iniciático daqueles que serão marcados por Morte: são os devorados pela Porca Branca de Kerry Dwen, que renascerão íntegros de Seu Caldeirão; os renascidos da Noite Escura da Alma, envoltos no negro manto de penas dos corvos de Morrigú; os homens que não mais são homens, mas sim, semi-deuses, mortos em sua carne pelas ordálias de Vaelico e cujos espíritos serão renascidos pelo ventre de Trebaruna; são os montadores de Bode do Sabá Negro, os que voam por entre as sombras, junto às Bruxas que extaticamente cavalgam suas vassouras e bastões lambuzados em unguento, desejo, luxúria e Poder; são os filhos do Povo Nobre, que tomam parte na Caçada Noturna de Gwyn ap Nudd, Herne The Hunter e Hu Gadarn; são os Filhos da Noite, o séquito de Frau Holle, Holda, Unholden, Hella, Diana, a Caçadora da Floresta Negra; são os homens e mulheres Sábios a vagar por entre os Mundos, em busca dos tesouros de Saber guardados pelos Mortos e Poderosos, Feiticeiros, Bruxos e Xamãs, que Sabem curar e amaldiçoar, pois são os verdadeiros Filhos de Saman, o Ceifador, o Antigo que nos deu Sua Foice, mas somente a nós, que Sabemos o Mistério do Trauma e da Terapia contidos na Medicina de uma única folha verde... os Bruxos Venéficos, que ceifam a matéria da planta, mas sabem despertar o Espírito nela contido...

É chegado o Tempo dos Idos, o Tempo da Grande Reunião entre os vivos e os mortos, Tempo de Portais abertos... é chegado o Grande Sabá!

Bendiciones de los Gauazkuák...

A Queimada das Bruxas: Poção Mágica Ancestral


Slania tei!

Há alguns anos escrevi no blog IBERIA AETERNA sobre a tradição da Queimada: uma Poção Mágica Tradicional das Bruxas e Bruxos Galegos e Portugueses. É um costume popular naquelas terras, e seus ingredientes, assim como os instrumentos com os quais é feita, o preparo em si e o conxuro ( conjuro ) que se profere enquanto se mexe o caldeirão, encerram simbolismos que remetem a raízes Ancestrais...

Abaixo, está o link do artigo, no qual analiso a história e a simbologia de tal tradição galega e portuguesa:

A Queimada: Feitiço e Magia das Bruxas Galegas



Bênçãos das Meigas Ancestrais...

Por: Raven Luques McMorrigú.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Verdade sempre vem à Tona


Saludos!

Como algumas pessoas já devem saber, eu escrevo sobre variados aspectos da Arte Bruxa em vários sites da Internet, há alguns anos. Em blogs, comunidades e periódicos virtuais, listas de discussão, etc. Recentemente, deixei de publicar meus artigos num destes espaços, onde abordava sobre práticas mágicas envolvendo ervas e também sobre ritos sazonais e demais tradições Pagãs e Bruxas. Não cito nomes, em respeito a quem está envolvido, e não quero ser acusado de estar faltando com esse respeito, apesar de que tal pessoa não teve o mesmo cuidado em relação a mim e ao meu trabalho. De qualquer forma, aqueles que acompanham meus escritos pela rede, poderão deduzir (ou não) de quem falo... ;)

Venho através deste comunicado, informar os motivos pelos quais eu deixei de escrever em tal espaço, dando assim, uma satisfação aos meus leitores. Para começar, deixo CLARO que não abandonei meu posto ali de forma leviana, simplesmente parando de escrever, sem me preocupar com aqueles que acompanham os meus artigos. Não: eu tive um texto de despedida, a ser veiculado em tal sítio virtual, CENSURADO pelo “editor” do mesmo. No texto, que englobava uma parte de um artigo meu, assim como uma ERRATA, onde eu corrigia um dos erros que o “editor” cometeu, ao diagramar meu artigo para publicação, eu escrevi uma despedida a meus leitores, onde os convido a continuar lendo meus artigos nos blogs e demais espaços virtuais que administro. O “editor” recusou-se a corrigir os erros (GRAVES, pois meu texto foi adulterado, onde erros gramaticais primários foram acrescentados, assim como itens de uma receita que ensino no artigo foram tirados da ordem e também repetidos – alterando, assim, COMPLETAMENTE a fórmula!), e também se negou enfaticamente a publicar uma errata, corrigindo os erros DELE, cometidos em um texto MEU! Assim como também ele se negou a publicar meu texto, e em minha própria coluna (ou seja: eu abri mão de um direito meu e de um dever dele, como “editor”: o de publicar uma errata no próprio editorial, e não ter de fazer isso no espaço de minha coluna, dado que o erro NÃO foi meu!). E mesmo eu tendo aberto mão de tal direito meu, em nome de se evitar criar caso, buscando ainda outras alternativas para solucionar o impasse, o “editor” insistiu em não corrigir os erros que ele mesmo fez, pretendendo publicar meu artigo totalmente adulterado! Somente depois de eu ter deixado claro que tomaria medidas cabíveis a respeito, o mesmo se propôs a publicar uma errata. Este senhor vem divulgando pela rede que parou de publicar os artigos que eu escrevi, alegando que a abordagem deles, dentro de um foco voltado à Bruxaria Tradicional, estava “agradando a alguns e desagradando a outros”, e que passará a publicar textos enfatizando os ritos sazonais dentro de uma compreensão “celta moderna”... kkkkk...

Isso é risível! O que exponho em artigos meus ali veiculados aborda JUSTAMENTE a Cultura Pagã Celta Portuguesa, que SIM: é a VERDADEIRA Tradição Celta Moderna! Celta tanto quanto as culturas populares de outras nações, tais como a Irlanda, a Bretanha, Gales, Escócia, entre outras; e Moderna, pois ainda é viva, principalmente nas regiões de Trás-os-Montes, Douro e Gallécia; assim como também abordo sobre as culturas célticas de Galiza e Astúrias! São as tradições dos povos célticos de tais regiões, tradições estas que eu herdei dentro de minha Casa, assim como também foram herdadas publicamente, através da cultura popular brasileira (herdeira histórica de incontáveis aspectos culturais da Tradição Portuguesa) que eu abordo em meus artigos; algo BEM diferente da suposta “tradição celta” vendida em bancas de jornal, ou mesmo importada dos EUA, que está completamente afastada de qualquer coisa que lembre a Tradição de facto! E tal equívoco leva tais organismos a render holocaustos e louvores a tal pacote de supostas “tradições célticas modernas made in terra do tio Sam”, relegando, assim, a própria cultura popular (e muitas vezes também as próprias raízes célticas portuguesas, herdadas dos seus avós e bisavós) ao completo esquecimento! Isso sim é ser IGNORANTE!

E quanto às supostas críticas de quem teria se desagradado de meus artigos, eu pergunto: ONDE ESTÃO tais comentários? Em NENHUM momento eu, como autor, recebi UMA crítica sequer de seja lá quem for! Aliás, o feedback entre leitor e escritor é inexistente naquele espaço virtual, pois NUNCA aconteceu! O mesmo não possui espaço para comentários dos leitores, e sendo assim, não vi nenhuma crítica a meus artigos, em momento algum! Eu SEMPRE estive aberto a receber comentários e críticas em meus textos, pois graças aos valores Tradicionais que herdei em minha Casa, prezo pela Honestidade, pela Lealdade e, acima de tudo, pela Verdade!

Gosto de debater às claras e abertamente, tanto que sou um dos organizadores de um evento aberto voltado ao intercâmbio de idéias, informações, conhecimentos e experiências dentro de nossa comunidade: o Encontro de Pagãos e Bruxos do Vale do Paraíba, que é um evento público, mensal e itinerante, ocorrendo sempre em alguma cidade do Vale (interior de SP), no qual sempre promovemos debates abertos, onde TODOS possuem espaço e tempo livres para exporem o que pensam sobre os mais variados aspectos da Bruxaria no geral e do Paganismo como um todo, seja dentro de uma visão tradicional ou eclética e moderna!

O que vejo, em verdade, é: NUNCA houve crítica alguma a meus artigos, a não ser diz-que-me-disses virtuais, entre conversinhas geradas em Messenger ou trocadas por e-mails privados, e que foram mantidas às escondidas, nos bastidores virtuais, por gentinha fofoqueira, pequena, burra, invejosa e COVARDE, verdadeiras baratas asquerosas, que na iminência de serem esmagadas pela Verdade, se escondem na escuridão extra-oficial da maledicência feita pelas costas. Trata-se de seres mentirosos e vagabundos, estes sim vermes rastejantes, que não possuem CULHÕES para expor na minha cara as suas opiniões vazias, baseadas em conhecimento nenhum a respeito do que escrevo, assim como em suas próprias e patéticas:

a) incompetência de fazer melhor;

b) falta de conhecimento embasado em estudo e vivência da Arte Bruxa;

c) falta de inteligência e de coragem o bastante para se manter num debate aberto, cara a cara.

Essa miséria intelectual tem sido, infelizmente, a marca registrada do cenário neo-pagão moderno. Neo-pagão, pois Paganismo (ou Neo-Paganismo, debater sobre tais termos requer outro momento e espaço) é religião, e qualquer pessoa pode se dizer crente de uma fé politeísta não-abraâmica. O mesmo não se aplica, no entanto, ao cenário da Bruxaria, pois Bruxos não são aqueles que se dizem como tais, mas sim, aqueles que nasceram e foram iniciados como tais! E no que toca a Bruxos, me refiro evidentemente àqueles que possuem um compromisso com a VERDADE, Mãe Venéfica dos Adeptos, Portadora da Essência, que é trauma ou terapia, mas sempre é Verdade! Não me refiro aqui, portanto, aos Pink-uícanos imbecis, adoradores de teorias modernosas de origem norte-americana, cheias de prescrições babacas, envolvendo regrinhas politicamente corretas, que endeusam autores new-agers de livros de suposta magia natural, que apregoam, entre outras mentiras, que o tabaco é substituto de qualquer planta considerada tóxica no preparo de uma poção mágica ou feitiço! Assim como também não me refiro a supostos “altos sacerdotes” ou pretensos “bruxos tradicionais”, que se acreditam a ÚLTIMA azeitona do pote, supostamente dominando o conhecimento sobre o que ocorre em todos os Clãs de Bruxos Tradicionais... KKKKKKKKKKKKKKK...... :p

Tais calhordas desonram as NOSSAS culturas mágico-religiosas brasileiras (que são SIM Bruxaria: antropológica, histórica e visceralmente comprovadas como tal), assim como as culturas mágico-religiosas de origem européia tradicional pré-Gerald Brouseau Gardner e sua Wicca, que ele inventou há somente 50 anos. Que isso não tire de forma alguma o valor de tal religião neo-pagã, a qual respeito, como a todas as outras crenças religiosas, inclusive por eu ter o privilégio de conhecer gente que faz um trabalho MUITO sério dentro de Wicca, vivenciando tal caminho como autênticos Bruxos e Bruxas. Mas chamo a atenção aqui para a desonra cometida por ratazanas mentirosas, que fazem uma doutrinação apostólica em nome de uma suposta “bruxaria moderna”, que é por tais organismos vis apregoada como sendo a “única bruxaria verdadeira”. E o mesmo se passa com outros CHARLATÃES que se apresentam como “bruxos tradicionais”, pretendendo definir o que é e o que não é Bruxaria! Como se definir a idiossincrasia de cada Clã, de cada Família, de cada indivíduo, fosse possível a quem é DE FORA!!! É um festival de nojeiras, de asquerosidades, que embrulham o estômago de qualquer um com um mínimo de bom senso e bom gosto! Isso é uma desonra não só para a Bruxaria em si, chamada em tempos modernos de Tradicional (com o intuito de se discernir de linhas modernas desenvolvidas de 50 anos para cá) como também é uma desonra para a própria Wicca!

O bendito bálsamo é saber que, apesar de tal nódoa infecta a espalhar-se virtualmente, assim como em certos eventos reais e convenções de suposta “bruxaria e paganismo”, há também, paralelamente, os trilhadores VERDADEIROS do Caminho: Pagãos e Bruxos DE FACTO e de direito, que possuem compromisso REAL com as tradições que herdaram (seja através de linhagem sanguínea ou não). Pessoas honradas, decentes, honestas e verdadeiras, que não compactuam com a mentira apregoada por aqueles que, por exemplo, em nome de faturar alguns trocado$ a mais, traduzem muito porcamente alguns periódicos e cursos online de origem norte-americana, que supostamente abordam sobre Bruxaria, Herbologia, entre outros assuntos correlatos. Não que tudo o que venha made in USA seja de má qualidade: não se trata, aqui, de um anti-americanismo batido, igualmente insuportável diga-se de passagem, mas sim de se analisar com mais crítica e objetividade tudo aquilo que é tão alegre e saltitantemente apregoado como “bruxaria do bem”, “magia natural”, “magia branca”, “bruxaria verde”, “religião da deusa”, “religião celta”, entre outros rótulos. Pois é corrente encontrar verdadeiras aberrações metafísicas, sem nenhum embasamento iniciático, em toda uma literatura new-ager, que promove uma “bruxaria moderna da deusa boazinha”, onde noções infantilóides a respeito de feitiçaria são ensinadas como se fossem a “sabedoria arcana das bruxas”. E como eu disse anteriormente, e enfatizo aqui: trata-se de uma desonra à Bruxaria Tradicional, assim como à Wicca e às próprias e verdadeiras Religião da Deusa e Religião Celta!

Enfim, o verdadeiro Bruxo (a) é um Sábio por natureza e definição: é “Aquele (a) que sabe mais”, pois sempre está aberto (a) a aprender mais. E é em nome desse Aprendizado, Templo da Verdadeira Sabedoria, que digito essas linhas: para mostrar que mesmo do lodaçal mais infecto, pode surgir o mais luminoso e resplandecente Lótus do Conhecimento. A sordidez humana exala inclusive daqueles que se dizem muito iluminados e espiritualizados, e basta que os seus interesses sejam colocados em xeque, para que se revelem naquilo que de mais podre possuem. O Lótus do Conhecimento surge nessas horas: em meio a tal podridão, a Verdade se mostra, e com Ela, a Esfinge anuncia o transpassar de mais um Portal Iniciático. Não, eu não compactuo, por exemplo, com a mentira e a sordidez de quem pretende manter o engodo de um charlatanismo atroz, que abusa do nome e dos simbolismos da Arte Bruxa, assim como das religiões Pagãs, em troca de retorno financeiro fácil, conquistado através de cursos ministrados por quem sequer domina o mais básico e elementar daquilo que supostamente apregoa conhecer o suficiente para “ensinar”; não compactuo com quem se diz “bruxo tradicional”, “alto sacerdote”, e promove, na verdade, joguinhos de poder ridículos, onde até mesmo supostas “análises psicológicas” são feitas por tais fulanos, com o intuito de se fazerem passar por “sábios bruxos iniciados” (eu rio às gargalhadas de tal pretensão absurda! KKKKKK )... e entre tais creaturas, tem de TUDO: de marmanjos já BEM velhos, criando briguinhas virtuais típicas de aborrescentes, a aborrescentes de facto mesmo, que mau saíram dos cueiros, e se impõem como “altos sacerdotes” detentores do B.O.S. “ultra tradicional”, e que se julgam os “justiceiros da bruxaria nacional”, que vão “desmascarar fulano, cicrano e beltrano, provando e comprovando” o que, em verdade, nem fazem idéia do que se trata; assim como também não compactuo com quem desonra o Sagrado segundo minha compreensão (assim como segundo a compreensão de outrem). E também não compactuo com quem adultera e sabota meu trabalho.

Sendo assim, fica esclarecido que não houve leviandade de minha parte (tal como maldosamente fazem parecer por aí), ao abruptamente eu deixar de escrever meus artigos no outro espaço virtual, pois os mesmos foram censurados lá por quem não está comprometido com a verdade, assim como foram também adulterados anteriormente, o que me levou a cancelar minha participação em tal site, devido à PÉSSIMA qualidade do trabalho editorial do mesmo. Meu trabalho não foi rejeitado nem dispensado, em nenhum momento: EU que rejeitei e dispensei o desserviço de tal espaço virtual! E o fiz em respeito a minha pessoa, em respeito ao meu trabalho e em respeito a vocês que acompanham meu trabalho! Não permiti, não permito e não permitirei que meus leitores recebam uma diagramação medíocre, crivada de erros gramaticais grotescos e de adulterações, nos meus artigos. Meu trabalho é SAGRADO! E por ter sido censurado o meu texto de despedida aos leitores, fica aqui também esclarecido o porquê parei, repentinamente, de publicar lá os meus artigos. E encerro este assunto aqui, pois para mim já morreu mesmo, e minha única preocupação era em dar satisfações a meus leitores sobre o porquê deixei de escrever em outro espaço virtual. E apesar de que esse assunto provavelmente ainda renderá muitos comentários mentirosos e maledicentes por parte daqueles que tem por meta sabotar o bom trabalho de pessoas como eu, faço a seguinte sugestão: façam um trabalho melhor do que o meu!

:D

E quanto àqueles que porventura não concordem com o que escrevo sobre Bruxaria Tradicional, sugiro que não mandem e-mails ridículos e infantis, contendo ameaçazinhas vazias, assim como também não pretendam me atulhar com trolls e outros lixos virtuais do gênero (até porque, eu não abro nem leio NADA disso, sério mesmo, o que eu chego a ver eu denuncio sem nem ler, e no mais, passa batido TOTAL): façam melhor, procurem-me PESSOALMENTE, cara a cara! Para tal, eu divulgo todos os meses um evento aberto que organizo: o Encontro de Pagãos e Bruxos do Vale Paraíba, que citei anteriormente. Sendo assim, todos os meses eu circulo endereços e horários nos quais eu posso ser encontrado (inclusive divulgarei as edições de tal evento neste e em demais espaços virtuais administrados por mim, portanto, aos interessados, é só acompanhar as atualizações... ;p). E em tais eventos, estarei cercado por demais pessoas, pela comunidade Pagã e Bruxa local! Perfeita ocasião para se pretender me ameaçar publicamente com inquisiçõezinhas vagabundas, agora efetuadas por supostos “bruxos tradicionais”, assim como por supostos “altos sacerdotes” e wiccans”, não é mesmo? Mau posso esperar para viver meu momento “Elvira, a Rainha das Trevas”...KKKKKKKKKKK... :p

Sobre os meus artigos, deixo CLARO aqui que continuarei a publicar meus textos, mas agora, em espaços virtuais administrados por mim, entre outros mais onde igualmente haja comprometimento com a Verdade, a Honestidade e a Decência. E é nesse sentido que inauguro um novo blog, onde o estudo, a pesquisa e o trabalho voltados à VERDADEIRA Herbologia Mágica, assim como a demais aspectos da Arte Bruxa, serão tratados com a dignidade e o respeito que requerem: o Liber Herbarium, onde a Herbologia é levada a sério! Sejam bem vindos os leitores que já acompanhavam meu trabalho e sejam bem vindos aqueles que acabam de chegar! Estão convidados a acompanhar os artigos publicados, e também a participarem, enviando seus comentários, sugestões e críticas, seja no blog, ou então em meu e-mail: el_sabarum@hotmail.com

Bendiciones de Drusuna, Diosa Madre Nuestra, Maestra Mayor del Caldero Venefico

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Cuervo y Calavera...

domingo, 3 de abril de 2011

Óleos Mágicos: Venéfica Alquimia


Saludos!

Abaixo estão algumas receitas de óleos mágicos, utilizados em rituais de Feitiçaria. Alguns deles são heranças tradicionais, outros são adaptações de antigas receitas. Todos, no entanto, são baseados no conhecimento da Herbologia Mágica Tradicional. Entre as adaptações, está a utilização de óleo mineral, em lugar do azeite de oliva, por não conter nenhum cheiro. Mas tal substituição é apenas uma sugestão, ficando a critério do Bruxo e Bruxa Venéficos se utilizar de tal expediente. Os óleos mágicos devem sempre ser guardados em locais escuros e secos, longe do alcance de terceiros. Por se tratar de preparos líquidos, eles poderiam facilmente absorver a intenção de outras pessoas, caso não sejam devidamente guardados, física e energeticamente. Uma dica para resguardá-los energética e espiritualmente, é selar a tampa dos vidros com cera derretida de uma vela negra, acesa em um momento de poder, como por exemplo, durante a Noite dos Idos ( o festival céltico de Samhain ), ou durante o Festival de Hécate, entre outros. Confiram, a seguir, as fórmulas:

Óleo de Banimento

Ingredientes:

* 3 ramos de arruda;
* 3 dentes de alho descascados;
* 1 xícara de azeite de oliva;
* sal marinho;
* 1 fita vermelha;
* 1 vidro com tampa de rolha.

Modo de fazer:

Macere num pilador a arruda e o alho. Em seguida acrescenta-se um pouco de azeite. Volte a macerar. Coloque a mistura no vidro e acrescente o restante do azeite. Colque por último um pouco de sal marinho. Tampe o vidro com a rolha e amarre a fita vermelha no gargalo do vidro, dando três nós. Este óleo deve ser utilizado em rituais de banimento de forças inimigas, na unção das velas. Sele as portas e janelas de sua casa com esse óleo, barrando assim as energias nocivas, expulsando todo o mal. Para banir feitiços inimigos e maldições, unja uma vela preta da base para o pavio e acenda-a, junto com um incenso de arruda. Invoque a Deusa Hécate, com o seguinte contra-feitiço:

HECATE LVCIFERA
DOMINA MALEFICARUM
LIBERA NOS A MALO

Caso saiba o nome de quem quer amaldiçoa-lo, coloque o nome dessa pessoa escrito embaixo da vela, dizendo o seguinte contra feitiço:

GLADIVS TUUM
INTRET IN CORDA TVA
ET ARCUS TUUM
CONFRICATUR

Em seguida, repita o primeiro contra-feitiço, concentrando-se no banimento do mal. Deixe a vela e o incenso queimarem até o fim. Sopre as cinzas ao vento.

Óleo de Hécate

Ingredientes:

* 3 colheres de sopa de resina de incenso ( olíbano );
* 3 colheres de resina de mirra;
* 1 punhado de folhas de mirra ( ou 7 gotas de óleo de mirra );
* 1 ramo fresco de cipreste;
* 3 flores de ciclâmen;
* 1 pedra de ônix;
* 2 xícaras de óleo mineral;
* 1 vidro com tampa de rolha;
* 1 fita preta.

Modo de fazer:

Na primeira noite de Lua Minguante moa as resinas com um pilão. Coloque as resinas moídas no vidro. Caso utilize o óleo de mirra, misture-o com as resinas moídas. Se utilizar as folhas, amasse-as à parte e coloque-as no vidro. Acrescente o cipreste ( levemente socado ), as flores de ciclâmen e o ônix. Acrescente por fim o óleo. Feche o vidro com a rolha e amarre a fita preta mno gargalo do vidro, dando três nós. Agite bem e guarde-o num local escuro e fresco por uma Lua ( até a próxima Lua Minguante ). Utilize este óleo para ungir as velas nos rituais em honra a Hécate, nos Esbbáths de Lua Minguante. Quando fizer Amuletos ee Feitiços que invooquem a presença de Hécate ( magia de proteção, banimento do mal, ou mesmo quando realizar algum malefício ), unja uma vela preta com esse óleo, e acenda-a, junto a incenso ( resinas de olíbano e de mirra moídas em carvão em brasa no fogareiro ). Ou utilize incensos em varetas de mirra e olíbano.

Óleo Maléfico de Enfeitiçamento

Ingredientes:

* 1 punhado de folhas secas de beladona ou de meimendro-negro;
* 3 pitadas de pó de chumbo;
* 1 colher de sopa de pó de cemitério;
* 1 colher de sopa de enxofre em pó;
* 1 garra de corvo ( ou de urubú );
* 1 sapo seco pequeno;
* as asas de um morcego;
* 1 cobra venenosa pequena;
* 1 pedra de ônix;
* 3 pitadas de azeviche em pó;
* 1 punhado de urtiga-brava;
* 1 colher de sopa de óleo de rícino;
* 1 aranha venenosa;
* meio litro de azeite de oliva ( ou óleo mineral );
* 1 vidro com tampa de rolha;
* 1 fita preta.

Modo de fazer:

Numa noite de Lua Negra, misture os ingredientes em seu negro caldeirão, que será circundado por 13 velas pretas. Cuidado ao acrescentar o enxofre, devido à chama das velas ao redor do caldeirão. Misture os ingredientes em sentido anti-horário, recitando o seguinte Encantamento:

"Hécate Venéfica, Domina Maleficarum!
Rogo-te que me ajudes!
Consagre esta Poção Negra com o Teu Poder!
Hécate Brimô, Domina Sabatum!
Consagre com o Vosso Poder este Malefício!"

Retire a colher de pau do caldeirão e coloque as mãos sobre ele, dizendo com voz firme as seguintes palavras de poder em latim:

IN NOMINE HECATE VENEFICA
DOMINA MALEFICARUM
CONSUMATUM EST.

Coloque a mistura maléfica no vidro ( deve ser um vidro de boca larga, se não for tampado com rolha, que seja com tampa de metal ). Amarre a fita preta no gragalo do vidro, dando três nós. Utilize este óleo maligno em feitiços negros de amaldiçoamento. Unja uma vela preta com este óleo, da base para o pavio e acenda-a sobre a fotografia ou o nome de quem quer enfeitiçar. Segure seu Athame com a mão de poder, apontando-o para cima, e direcione a outra mão para a chama da vela, fazendo o gesto de maldição, enquanto pronuncia por 13 vezes a seguinte maldição:

IN NOMINE HECATE VENEFICA
DOMINA MALEFICARUM
IN NOMINE FURIAE
ALECTO TISIFONE
ET MEGERA
CAPUT TUA
MALEDICTA EST.

Este óleo deve ser preparado dentro do Círculo Mágico no Esbbáth de Lua Negra. Ao utilizar este óleo, nunca deixe que ele atinja a sua pele, pois é extremamente tóxico. Nunca o utilize dentro de sua casa, sempre em local aberto. As velhas Bruxas seguiam a seguinte recomendação, repetida em suas Iniciações:

"Abençoe o justo e amaldiçoe o injusto, ajudando os Deuses a fazer Justiça!"

Ou seja, só utilize dos conhecimentos da Arte Negra com responsabilidade, e movido por motivos verdadeiramente justos. Somente Bruxos e Bruxas Iniciados, com experiência e bom senso, podem lançar mão de tais conhecimentos, pois assim não se correrá riscos; não-iniciados poderiam se expor a conseqüências das mais terríveis.

Cuervo y Calavera...

sábado, 2 de abril de 2011

Herbologia Mágica: Um Caldeirão Infinito de Possibilidades!


Slania tei!

O conhecimento sobre ervas e suas virtudes mágicas e medicinais está presente nas culturas de praticamente todos os povos do Mundo. E as Bruxas e Bruxos sempre foram os detentores de tais conhecimentos, repassados dentro de linhagens familiares a priori, mas que foram se espalhando, alguns deles, pelo povo em geral, originando a sabedoria popular das ervas mágicas. Muitos desses conhecimentos foram sendo registrados em livros, conhecidos como Grimoires ( Grimorium em latim, ou na forma portuguesa Grimório ou Engrimanço ). E este é o propósito desse espaço virtual: ser um depositório de informações sobre a Herbologia Mágica! E mais do que dispor um dicionário de ervas mágicas, o Liber Herbarium terá textos e estudos que analisam a presença da Sabedoria das ervas nas mais variadas culturas, assim como também serão tratados temas históricos, com o cerne na Herbologia.

É portanto, um Caldeirão repleto, infinito de possibilidades igualmente infindáveis!

Drusuna é a Patrona deste espaço virtual, Deusa celtibérica do Carvalho, da Sabedoria Druídica, Grande Senhora do Caldeirão, Mestra Maior da Herbologia Mágica. Dela flui a essência venéfica, que é trauma e terapia, a depender da alquimia que se opera... Vida, Morte e Renascimento, a borbulhar em Seu Negro Caldeirão, eternamente disposto sobre a trempe, a arder no Fogo do Sabá...

Bendiciones de Drusuna, a Senhora das Ervas

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Cuervo y Calavera...